Continuam chegando ao Brasil vários portáteis equipados com os chips Intel Série 1, os mais modernos da maior fabricante de processadores para notebooks e desktops do mundo.
Depois de 15 anos de Core i3, i5 e i7, não teremos mais a letra “i” no nome dos chips da gigante americana.
Agora temos CPUs que utilizam um processo de litografia mais atual, de 7 nanômetros, com mais economia de energia, núcleos focados em inteligência artificial, melhorias em codecs, novas GPUs integradas e muito mais…
Identidade visual (selos) dos novos Intel Core Série 1
Agora tudo está mudando! A Intel fez um rebranding completo em sua nova linha de chips.
Os selos na cor azul claro agora identificam os processadores Core 3, Core 5 e Core 7, aproveitando o processo de fabricação de 10 nanômetros já conhecido há algum tempo (Raptor Lake).
Já os azuis escuros são os Core Ultra 5, Core Ultra 7 e Core Ultra 9, com um processo de fabricação mais moderno de 7 nanômetros (Meteor Lake).
O que você achou dos novos selos? Conta aí nos comentários.
Nomenclatura dos Intel Core Série 1 (códigos)
As duas famílias vão ser “Intel Core” ou “Intel Core Ultra”. Depos disso temos os números “3, 5 e 7”, indicando a subfamília (ou o “Brand Level”) de cada CPU.
No final do nome temos o código de cada processador, que agora está menor.
O primeiro número deste código se refere à série (antigamente chamada de “geração”), que neste caso é a “Série 1”.
No meio do código está o SKU, um número identificador do modelo. Por fim temos o sufixo, que indica a categoria energética.
Na prática, todos os azuis claros possuem o sufixo “U” no final do código, indicando baixo consumo de energia para atividades como estudos e escritório.
Enquanto isso, os azuis escuros (Core Ultra) possuem tanto a letra “U” quanto a letra “H” no final do código, sendo que “H” indica alto desempenho.
Lista de processadores Intel Core Série 1 anunciados
Core – Série U (azuis claros) 👇
Modelo | Cores | Threads | Freq. máx. | Cache L3 (MB) |
TDP (W) |
---|---|---|---|---|---|
Core 3 100U | 6 core (2P/4E) | 8 | 4.7 GHz | 10 | 15/55 |
Core 5 120U | 10 core (2P/8E) | 12 | 5.0 GHz | 12 | 15/55 |
Core 7 150U | 10 core (2P/8E) | 12 | 5.4 GHz | 12 | 15/55 |
Core Ultra – Série U (azuis escuros) 👇
Modelo | Cores | Threads | Freq. máx. | Cache L3 (MB) |
TDP (W) |
---|---|---|---|---|---|
Core Ultra 5 115U | 2 core (2P/4E) | 10 | 4.2 GHz | 10 | 15/57 |
Core Ultra 5 125U | 12 core (2P/8E) | 14 | 4.3 GHz | 12 | 15/57 |
Core Ultra 5 134U | 12 core (2P/8E) | 14 | 4.4 GHz | 12 | 9/30 |
Core Ultra 5 135U | 12 core (2P/8E) | 14 | 4.4 GHz | 12 | 15/57 |
Core Ultra 7 155U | 12 core (2P/8E) | 14 | 4.8 GHz | 12 | 15/57 |
Core Ultra 7 164U | 12 core (2P/8E) | 14 | 4.8 GHz | 12 | 9/30 |
Core Ultra 7 165U | 12 core (2P/8E) | 14 | 4.9 GHz | 12 | 15/57 |
Core Ultra – Série H (azuis escuros) 👇
Modelo | Cores | Threads | Freq. máx. | Cache L3 (MB) |
TDP (W) |
---|---|---|---|---|---|
Core Ultra 5 125H | 14 core (4P/8E) | 18 | 4.5 GHz | 18 | 28/115 |
Core Ultra 5 135H | 14 core (4P/8E) | 18 | 4.6 GHz | 18 | 28/115 |
Core Ultra 7 155H | 16 core (6P/8E) | 22 | 4.8 GHz | 24 | 28/115 |
Core Ultra 7 165H | 16 core (6P/8E) | 22 | 5.0 GHz | 24 | 28/115 |
Core Ultra 9 185H | 16 core (6P/8E) | 22 | 5.1 GHz | 24 | 45/115 |
Notebooks Intel Core Série 1 já lançados no Brasil
O que são nanômetros e litografia?
Como muitos de vocês já sabem, nanotecnologia é o esforço dos fabricantes para colocar o maior número de coisas no menor espaço possível! No caso de um processador, isso possibilita muito mais transístores em um menor espaço. Eficiência é a palavra!
A litografia é o processo de fabricação de um processador e o nanômetro é a unidade de medida utilizada neste processo.
Um nanômetro equivale a um bilionésimo de metro, algo muito pequeno. Pensou em um fio de cabelo? Esquece. Nanômetro é menor que uma célula do corpo humano.
Intel Série 1 com foco em inteligência artificial (NPUs)
Com os chips Core Ultra, os azuis escuros, a Intel está utilizando pela primeira vez em seus processadores as chamadas NPUs, ou “Unidades de Processamento Neural”.
Nos últimos tempos você já deve até ter se cansado de ouvir sobre inteligência artificial, né?
As últimas gerações de processadores Intel já usam os chamados P-Cores e E-Cores, os núcleos híbridos que se dividem entre performance e eficiência energética.
O que são NPUs (Neural Processing Units)
Com a crescente demanda de programas que utilizam a inteligência artificial para modificar vídeos e áudio em tempo real, criar imagens ou aprimorar a experiência em games, surgiram agora os núcleos NPU, focados apenas nestas tarefas, sem sobrecarregar o resto do sistema.
Por enquanto, todos os chips Core Ultra possuem duas destas unidades de processamento neural, que recebem o nome de Intel AI Boost e atingem a frequência máxima de 1.4 GHz.
Uma das principais vantagens é que estes núcleos de processamento especiais lidam com cargas de trabalho de inteligência artificial e de uso intenso com baixíssimo consumo de energia, o que gera uma maior eficiência.
A Intel também está apostando forte na parceria com mais de 100 ISVs, sigla que significa fornecedores independentes de software. Dentre eles, alguns nomes consagrados como Adobe, CyberLink, Filmora e Zoom.
Placas de vídeo (GPUs integradas) dos novos Intel Core Série 1
As placas de vídeos são essenciais para quem busca editar conteúdos em alta resolução, ou trabalhar com programas 3D de arquitetura e engenharia, ou simplesmente se divertir rodando algum game com os novos Intel Séries e as GPUs integradas Arc Graphics.
Recentemente a Intel já havia se aventurado em produzir GPUs dedicadas com esta marca, aquelas placas de vídeo que são independentes e ficam em um chip separado. Agora, com os novos Core Ultra, elas estão coladas com o chip principal de processamento, ou seja, integradas.
Segundo a Intel, as novas Arc Graphics são até 2x mais eficientes que as antigas Iris Xe Graphics, além de suportarem Ray Tracing, aquela tecnologia que deixa luzes e reflexos muito mais realistas.
Além disso, as novas Arc Graphics suportam a tecnologia XeSS Super Sampling, onde você pode rodar um jogo em resolução mais baixa e a inteligência artificial se encarrega de deixar a imagem com uma definição melhor.
E é claro que as melhorias gráficas não são apenas para jogos. Em um notebook que testamos recentemente aqui no canal algumas atividades profissionais de renderização 3D utilizando a Arc Graphics tiveram melhor desempenho do que em um notebook gamer equipado com uma GeForce GTX 1650.
Então, arquitetos e engenheiros, esqueçam aquelas máquinas gigantes e pesadas.
Além disso, editores de vídeo também podem comemorar. O desempenho aprimorado e a compatibilidade com codec de vídeo AV1 garantem que os novos Core Ultra vão ser ótimos para edições complexas em resolução 4K.
Intel Evo Edition nos Intel Série 1
Antigamente era apenas Intel Evo, indicando para o consumidor quais eram os notebooks com tela de qualidade superior, carregamento rápido e ótima duração de bateria, além de tamanho e peso ideais para mobilidade diária e diversos outros critérios analisados.
Agora o emblema virou Evo Edition, atualizando a identificação visual e agora focando muito em recursos de inteligência artificial e sincronização fácil entre notebook e smartphones ou tablets, tanto Android quanto iOS.
Como a própria Intel mostra em sua publicidade, as máquinas que possuem este selo de qualidade são feitas para trabalhar, jogar e criar.
Os processadores Intel Série 1 são bons mesmo?
Podemos afirmar que, sem sombra de dúvidas, os novos Intel Série 1 são muito promissores. Inclusive, já passaram aqui pelo canal dois notebooks com estes processadores da nova geração, para quem estiver curioso sobre os resultados obtivos.
Os modelos que testamos foram o Samsung Galaxy Book4 Ultra e o ASUS Zenbook 14, com telas OLED e ótimos desempenhos em atividades profissionais e games diversos.
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